segunda-feira, 27 de julho de 2020

LIÇÃO 3 - A AUTORIDADE RELIGIOSA





3 - A AUTORIDADE RELIGIOSA


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VÍDEO 2


VÍDEO 3



A palavra autoridade significa uma regra ou modelo que governa os homens e determina o que é certo ou errado. Por exemplo, todos reconhecem o metro como autoridade máxima para a determinação de medidas de comprimento.
Por exemplo, Quanto mede este retângulo? 



                        José diz que tem dois centímetros, João diz que ele tem um só. Mas quando o metro mostrar um dois centímetros, tanto José quanto João vão verificar seu erro. Se não fosse o metro, problemas relativos a medidas de comprimento jamais poderiam ser resolvidos. Todos concordam que esta autoridade é essencial neste setor.

             No campo religioso é mais importante ainda possuir uma autoridade que ajude o homem a determinar o que é certo ou errado espiritualmente. 


Muitas igrejas, anunciando que seguem a fé cristã, ensinam doutrinas contraditórias. O resultado é o caos religioso e a divisão. Ao sentir que uma autoridade suprema em assuntos religiosos é absolutamente necessária, o homem exclama: 

“Qual a autoridade credenciada que devo obedecer nos assuntos de religião?”

JESUS é nossa autoridade religiosa.


O único que possui autoridade para guiar o homem em matéria de religião é Jesus: Ele disse: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mateus 28:18).


O próprio Deus testemunhou quanto à autoridade de Jesus Cristo quando falou do céu: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo: a ele ouvi” (Mateus 17:5). 
Quando Jesus fala, suas palavras devem ser respeitadas como as palavras de Deus (João 3:34; 6:68). Em assuntos religiosos, a autoridade para o homem deve ser Jesus Cristo, pois Ele e só Ele tem toda a autoridade no céu e na terra.

Resta ainda uma pergunta: 

Como pode o homem saber qual é a vontade de Cristo?


Após a ressurreição e ascensão de Cristo ao Céu, como os homens aprenderam a respeito dos assuntos de ordem religiosa e moral da época?

JESUS REVELOU SUA VONTADE ATRAVÉS DOS APÓSTOLOS



Depois de receber toda a autoridade, Jesus mandou que seus apóstolos ensinassem ao mundo inteiro “todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mateus 28:20). Os povos do mundo ouviriam os mandamentos de Jesus através de seus apóstolos.
       A fim de garantir que os apóstolos e outros profetas inspirados ensinassem a verdade, Jesus prometeu-lhes orientação e ensinamentos especiais por meio do Espírito Santo (João 16:13). Os apóstolos, por sua vez, transmitiam aos homens o que o Espírito ensinava (1 Coríntios 2:13).
       A igreja aceitou assim os ensinamentos dos apóstolos “não como palavra de homens, e, sim, como em verdade é, a palavra de Deus” (1 Tessalonicenses 2:13). Portanto, Jesus falava através do Espírito aos apóstolos, e estes transmitiam a vontade de Cristo aos homens.

No primeiro século os Apóstolos ensinaram
Toda a Verdade

Os apóstolos ensinaram ainda toda a mensagem de Jesus Cristo. Ele prometeu que o Espírito Santo os guiariam a “toda a verdade” (João 16:13). Paulo declarou mais tarde: “porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio (mensagem) de Deus” (Atos 20:27). Os homens – e até mesmo os anjos – que rejeitassem os ensinamentos dos apóstolos como suprema autoridade religiosa, seriam rejeitados por Deus (Gálatas 1:6-8).
                    O homem do século vinte e um pode ter acesso aos ensinamentos dos apóstolos e, através deles, a toda vontade expressa de Jesus Cristo que possui toda autoridade. 

Mas, como esses ensinamentos chegam até ele?



Felizmente, os apóstolos e outros profetas inspirados registraram seus ensinamentos para as futuras gerações.     
             Por exemplo, Pedro escreveu a fim de que, após sua morte, a igreja pudesse ter um registro permanente de suas palavras (2 Pedro 1:12-15). 
             Lucas escreveu para que seus leitores pudessem confirmar as instruções que já tinham recebido verbalmente (Lucas 1:3-4). 
                    João escreveu para que os homens pudessem crer em Cristo e ter a vida eterna (João 20:30-31).
             A igreja referia-se às mensagens escritas desses homens inspirados como a autoridade máxima, porque eles escreveram “os mandamentos do Senhor” (1 Coríntios 14:37). 
A igreja não devia ir além do que “está escrito” (1 Coríntios 4:6). 
Paulo avisou: “caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola “perderá a comunhão da igreja” (2 Tessalonicenses 3:14). 
Aqueles que acrescentassem os subtraíssem alguma coisa da mensagem dos apóstolos perderiam as bênçãos da salvação e sofreriam o castigo eterno (Apocalipse 22:18-19).
         Portanto, as Escrituras contém evidentemente os ensinamentos dos apóstolos e devem ser obedecidas como a vontade de Deus. As recomendações no sentido de não irem além do que estava escrito, indicam a perfeição das Escrituras.


             Mas, como saber, se as Escrituras contêm realmente toda a vontade de Cristo?

Os apóstolos sabiam que estavam escrevendo Escrituras autorizadas (2 Pedro 3:15-16). Paulo, ao escrever no período em que estas Escrituras estavam sendo preparadas, afirmou: 

Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Timóteo 3:16-17). 

Notem! A Bíblia contém tudo que é necessário para que o indivíduo “seja habilitado para toda boa obra” e para que “seja perfeito”.

         Uma vez que as Escrituras equipam o homem para toda boa obra, nenhuma outra fonte de autoridade pode produzir uma boa obra diferente. Qualquer coisa que não tenha como fonte as Escrituras, não é uma boa obra, pois as Escrituras equipam para “toda boa obra”.

         As Escrituras contém sabedoria suficiente para tornar o homem perfeito, é o que afirma 2 Timóteo 3:16-17. Paulo diz em outra passagem que o indivíduo tornar-se perfeito “em toda a vontade de Deus” (Colossenses 4:12); portanto, devemos concluir que as Escrituras contêm “toda a vontade de Deus”. Uma vez que o homem pode ser aperfeiçoado através dos ensinamentos bíblicos, ele não precisa de conhecimento religioso de qualquer outra fonte.

CRISTO → ESPÍRITO → APÓSTOLOS → A BÍBLIA

                   Assim sendo, as Escrituras contêm um registro completo dos ensinos dos apóstolos e, como resultado, de toda a vontade de Cristo. Observem a sequência acima.

A perfeição das Escrituras faz delas a suprema autoridade em religião. Se o homem puder compreendê-las, ele poderá conhecer toda a vontade de Cristo. Toda a vontade portanto, de Deus.




Sim - você pode entender perfeitamente a Bíblia.



Algumas pessoas tentam provar que a Bíblia não pode ser compreendida. 

Elas citam às vezes 2 Pedro 3:15-16, onde Pedro diz que os escritos de Paulo contêm “certas coisas difíceis de entender” como prova disso. Entretanto, a passagem não diz que todas as coisas são difíceis de entender, mas apenas “certas coisas”, concluindo-se então que a maioria das Escrituras é fácil de ser entendida.

O versículo também não diz que estas “algumas coisas” não podem ser compreendidas, mas apenas que são difíceis para a nossa compreensão, deduzindo-se assim que elas podem ser entendidas. O versículo diz: “Os ignorantes e instáveis” não entendem, e deturpam as Escrituras.
         A própria finalidade das Escrituras prova que elas podem ser compreendidas uma vez que foram escritas:

(1) para serem lidas e obedecias por todos e

(2) para esclarecerem a todos.



(1) As Escrituras foram preparadas para serem lidas e obedecidas por todos.

João escreveu para que todos os incrédulos as lessem (João 20:30-31). 

Paulo dirigiu suas epístolas a todos os membros da igreja (Romanos 1:7; 2 Coríntios 1:1-2 e Filipenses 1:1). Ele deu ordem para que estas epístolas fossem lidas para toda a igreja (1 Tessalonicenses 5:27 e Colossenses 4:16). Obediência completa foi pedida a todos os leitores e ouvintes das Escrituras (Deuteronômio 31:12 e 2 Tessalonicenses 3:14).

         As Escrituras foram então escritas para serem lidas e seguidas por todos. 

Por que escrever para quem não pode compreender? Por que pedir obediência para aquilo que não pode ser entendido? 

Deus com certeza não pede o impossível; portanto todos podem entender as Escrituras.

(2) As Escrituras foram escritas para esclarecerem a todos e não para confundir. 

João escreveu a respeito de coisas nas quais seus leitores pudessem crer e não sobre o que pudesse provocar incredulidade (João 20:30-31).
Paulo disse especificamente a todos os membros da igreja em Éfeso: “pelo qual quando lerdes, podeis compreender o meu discernimento no mistério de Cristo” (Efésios 3:4).

         Como é natural, a Bíblia foi escrita para esclarecer os ensinamentos verbais.

Por exemplo, Lucas escreveu seu evangelho para que o leitor tivesse certeza das coisas que lhe fossem ensinadas verbalmente (Lucas 1:3-4).
         Os habitantes da cidade de Beréia leram o que estava escrito para ver se a palavra de Paulo era verdadeira (Atos 17:11).
Paulo escreveu para explicar o que havia ensinado verbalmente sobre a apostasia da igreja (2 Tessalonicenses 2:2-5). Como se vê, a palavra escrita era muito mais fácil de entender do que o ensino oral.

         As Escrituras afirmam então, vigorosamente, que elas esclarecem em lugar de confundir e podem ser entendidas por todos. Uma vez que são compreensíveis, todos têm a oportunidade de aprender toda a vontade de Cristo. A Bíblia é de fato uma autoridade completa e suficiente.


Mas, por que muitos não entendem a Bíblia?




(1) Em primeiro lugar, muita gente não entende a Bíblia por causa de atitudes impróprias. Alguns não amam a verdade (2 Tessalonicenses 2:10-12); outros resistem deliberadamente às verdades nelas contidas (2 Timóteo 3:8 e João 7:17); outros ainda, manipulam as passagens difíceis, fazendo com que ensinem coisas que passagens mais fáceis mostram não ser a verdade (2 Pedro 3:16).

(2) Algumas pessoas não entendem a Bíblia por não saberem a diferença que existe entre os dois testamentos. Sabemos que os cristãos não se encontram sob as leis do Velho Testamento, mas sob as do Novo Testamento (Jeremias 31:31; Hebreus 8:6-13; 9:15-17 e Colossenses 2:14-16).

(3) Algumas pessoas não reúnem todas as evidências de um determinado assunto antes de chegar a uma conclusão. Isto inclui o estudo da passagem nos seu contexto e na colocação histórica, além das passagens paralelas referentes ao assunto. 

Por exemplo, a Grande Comissão de Jesus Cristo aos seus discípulos é encontrada em três lugares diferentes: Mateus 28:18-20; Marcos 16:15-16 e Lucas 24:46-48. 

Se a narração de Lucas for tomada isoladamente, alguém poderá concluir que a fé não é necessária para a salvação, uma vez que a passagem não fala de fé. 

Se Marcos 16:15-16 for tomado isoladamente, é possível concluir que o arrependimento não é necessário, já que o mesmo não é citado nessa passagem. 

O fato é que a fé, o arrependimento e o batismo são todos necessários para a salvação. A fim de obter esta verdade completa, devemos estudar as três passagens e não só uma delas.

(4) Em quarto lugar, alguns não entendem a Bíblia porque não estudam nem leem a mesma como fariam com outros livros. Eles consideram a Bíblia misteriosa quando, na realidade, ela ensina e transmite informações como qualquer outro livro. A Bíblia ensina ou autoriza de três maneiras:

a) A Bíblia transmite a vontade de Deus aos homens através de uma ordem ou declaração direta. Se você recebesse uma carta de seu patrão dizendo que viajasse para a Europa, saberia que tinha de ir para lá. Por que? Porque você recebeu uma ordem ou declaração direta. Deus transmite da mesma forma ao homem o seu desejo de que ele ame ao seu próximo, através de uma ordem ou declaração direta (Mateus 7:12).

b) A Bíblia transmite a vontade de Deus ao homem mediante uma inferência natural ou conclusão lógica. 

Se você recebesse uma carta de um amigo dizendo que ele estaria no Rio de Janeiro num determinado dia e hora, por inferência natural e lógica chegaria à conclusão de que ele não se acharia em Buenos Aires àquela mesma hora. Você tiraria essa conclusão ainda que ele não dissesse expressamente que não iria estar em Buenos Aires. 

A Bíblia utiliza este método em seus ensinamentos. Assim também, desde que Jesus disse aos seus apóstolos para batizar os crentes, aprendemos por conclusão lógica que os que ainda não tiverem capacidade mental para crer em Cristo (as crianças pequenas, por exemplo) não devem ser batizadas (Marcos 16:16).

c)   A Bíblia dá instruções por meio de exemplos aprovados. 

Se uma dona-de-casa lesse uma revista que alguém fez um bolo muito saboroso seguindo uma certa receita, ela poderia concluir que obteria o mesmo resultado usando a mesma receita. 

A Bíblia nos diz igualmente o que devemos fazer para contentar a Deus, mostrando-nos certos exemplos aprovados de coisas que O agradaram no passado. 

Por um exemplo aprovado ficou confirmado que é certo participar da Ceia do Senhor no primeiro dia da semana (isto é, no domingo – Atos 20:7). Se seguirmos o exemplo apostólico aprovado em Atos 20:7, também agradaremos a Deus.

      À medida que estudamos a Bíblia, nosso princípio de orientação deve ser o seguinte: 

Falar quando a Bíblia fala e silenciar quando ela silencia. 

Nós só podemos ensinar como doutrina aquilo que a Bíblia autoriza por meio de ordens ou declarações diretas, exemplos apostólicos aprovados ou conclusões lógicas (1 Pedro 4:11). 
Até o momento não tratamos daquela que é provavelmente a razão principal dos erros no estudo bíblico: confiar em outras autoridades além da Bíblia.



Apesar dos firmes ensinamentos das Escrituras quanto à completa autoridade da Bíblia, existem hoje muitas outras “autoridades” entre pessoas que se dizem cristãs. Isso provoca confusão com respeito ao que a Bíblia ensina e resulta em divisão religiosa.

A.   CONSCIÊNCIA OU SENTIMENTOS

        Muitas pessoas religiosas declaram obedecer à vontade de Deus na Bíblia, mas na realidade obedecem aos seus sentimentos ou consciência. Alguns identificam estes sentimentos como sendo um “testemunho interior do Espírito Santo”. Ao seguir esse “testemunho interior”, que é na verdade a sua própria consciência, seus atos e ensinamentos são com frequência contrários à Bíblia.
       A Bíblia no entanto diz: “Provai os espíritos se procedem de Deus” (I João 4:1). Aquilo que parece certo ao homem muitas vezes leva à morte (Provérbios 14:12). O homem não deve confiar em “seu próprio coração” (Provérbios 28:26) nem “dirigir seus próprios passos” (Jeremias 10:23). 
       A boa consciência de Paulo levou-o a perseguir os cristãos (Atos 23:1; 26:9). Esse testemunho interior da consciência certamente não é um guia seguro. 


B.   TRADIÇÃO DA IGREJA

       Um grande número de tradições desenvolveu-se desde que Cristo estabeleceu sua igreja há mais de 1.900 anos atrás. Muitas pessoas depositaram mais confiança na “autoridade” desta tradição do que na Bíblia. Jesus condenou o tradicionalismo judeu como uma rejeição da Palavra de Deus: “jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardardes a vossa própria tradição” (Marcos 7:9).
       Os que confiam em qualquer pseudo-líder ou instituição infalível devem perceber que esta “viva voz da igreja” (como é chamada às vezes) pode perfeitamente não passar da voz de uma igreja apóstata, desviada. Paulo previu que a igreja se desviaria (2 Tessalonicenses 2:1-12 e 1 Timóteo 4:1-4).       
      Ele previu mais tarde contra qualquer homem que viesse a falar na igreja no lugar de Deus (2 Tessalonicenses 2:3-4).
     Estas palavras de Jesus e seus apóstolos ficam como uma clara advertência a todos os que aceitam a tradição e não as Escrituras como autoridade.


C.    REVELAÇÃO DOS ÚLTIMOS DIAS

                        Certos indivíduos religiosos confiam em pseudo-revelações dos últimos dias ou nos ensinamentos de algum “profeta moderno”. Isso, no entanto, é o mesmo que desacreditar as Escrituras que contêm toda a verdade. As novas revelações fazem acréscimos à vontade completa de Cristo encontrada na Bíblia e resultam na pregação de um outro evangelho, o que é condenado por Deus (Gálatas 1:6-8).

CONCLUSÃO

                        Deus deu a Cristo toda a autoridade no céu e na terra. Cristo, por sua vez, através do Espírito Santo, revelou toda a sua vontade aos apóstolos.
       Por inspiração, estes homens registraram a vontade de Cristo para que todos lessem, entendessem e alcançassem a vida eterna.
       Não existe qualquer outra autoridade religiosa para os cristãos além daquela escrita pelos apóstolos no Novo Testamento. Isto torna ainda mais importante o estudo contínuo da Bíblia.





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